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Só um terço dos países-membros da ONU apóia a descriminalização da homossexualidade

19.12.2008
A França apresentou, pela primeira vez a proposta de descriminalização da homossexualidade na última quinta-feira, 18 de dezembro. Pediu que os 192 países, que fazem parte da ONU, abandonem qualquer discriminação legal e social dos homossexuais e transexuais. "Como se pode aceitar, em pleno século 21, que alguém seja preso, torturado ou executado por sua orientação sexual?", questionou Rama Yade, vice-ministra de Direitos Humanos da França.
A proposta conta até o momento com a assinatura de 66 países, incluindo o Brasil
, o que é insuficiente para conseguir sua adoção na Assembléia Geral. A declaração conta apenas com o apoio de um terço dos membros das Nações Unidas.

A decisão do Vaticano, de ter voltado atrás e apoiado a proposta francesa, parece não ter influenciado a maioria dos países onde ser homossexual é crime. 80 países criminalizam a homossexualidade e, em sete deles, a orientação sexual do indivíduo pode levar a pena de morte.

A delegação árabe assegurou contar com o respaldo de 62 países dispostos a votar contra o documento. Mesmo com a dificuldade de aprovar a proposta, Yade afirmou que "o fato de se falar pela primeira vez sobre a discriminação pela orientação sexual deixou de ser um assunto tabu nas Nações Unidas".

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